terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

o amante

líria porto

saía da concha
áspera por fora
por dentro uma seda
lembrava-se dele
daquele sem-vergonha

ele vinha
brincava com ela
de frente de costas
deixava nas fronhas
a pressa o riso
a promessa

retornava
para onde lhe lavavam
as cuecas

*

3 comentários:

Hercília Fernandes disse...

Maravilhoso poema, Líria.
Emblemática fotografia da realidade!...

Beijos,
H.F.

nina rizzi disse...

então, ao mesmo tempo que isso me tranquiliza, me emputece e deprime...

beijo, mamadí.

Unknown disse...

Lindo e verdadeiro, Líria!

Experiência é uma visão para poucos e você vai além da experiência.

Beijos

Mirse

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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