segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

meu templo

líria porto

no sopé todos os homens no topo todos os sonhos
em ti –– montanha –– o amor e o ódio a coragem e o medo
o tempo a sabedoria

entregas-te ao brilho das estrelas
ao beijo da lua ao canto dos pássaros à súplica do pecador
resistes ao vento às tempestades ao sol escaldante

fascinam-me o teu manto verde as tuas rochas
a tua pétrea paciência

caminho de um lado a outro
e busco a força que me falta

prostro-me a teus pés penitencio-me rezo
choro de saudade

*

3 comentários:

nina rizzi disse...

mainha, mainha, que saudade dos tantos anos que eu não havia nascido. que saudade do ano de 1994, quando eu tinha 11 anos, e cuidava do meu irmão, ao invés de comer poesia, literalmente.

saudade de vc também. muita.
um beijão.

Unknown disse...

Belíssimo, Líria!

Ter a montanha como templo é a mais refinada sabedoria!

Pena que poucos observam.

Beijos

Mirse

Unknown disse...

O templo é o canto que se faz eterno. beijo

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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