líria porto
tão cedo eu me acordo com aurora no quarto
eu cerro meus olhos preciso dormir
lá longe se escuta o canto de um pássaro
adeus meu sossego tem verso na agulha
tal como a bigorna que bate que surra
que insiste em dar forma às barras de ferro
assim faz a mente com meu sentimento
até que ele tenha compasso de música
vem dia vem noite vem sol e vem chuva
a lua se esconde por trás de uma nuvem
porém meu poeta lhe sai à procura
vasculha os escuros o espaço o infinito
arreda as estrelas recolhe a neblina
faz tudo o que pode – sua lua o sepulta
*