esse homem tem um visgo tem um imã – nem sei quê quando a gente se aproxima eu me jogo nos seus braços mesmo que não queira que abomine mulheres oferecidas
faço parelha com ela boto a cangalha em seu dorso seguimos nós dois às cegas e juntos rodamos mundo dos penhascos aos abismos nas brumas do faz de conta
dia e noite
madalena vestida de noiva
o branco encardido da roupa
o borrão do batom e da sombra
o olhar perdido nos homens
o corpo abusado por tantos
a zombaria de todos