quarta-feira, 6 de abril de 2016

o freguês

líria porto

vinha no meio da noite
jamais acendia a luz

abre as pernas fecha os olhos
dizia-lhe um tanto bruto

agora vira de bruços
(usava-a frente e costas)

depois sumia no escuro
e nunca olhava seu rosto

(porém sabia sua voz
igual da missa das oito
lá na basílica)

*

Nenhum comentário:

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

Arquivo do blog