quarta-feira, 9 de julho de 2014

a cisterna

líria porto

retirava a terra seca
depois as latas de barro
acertava bem as beiras
cavoucava até achar
cristalino lençol dágua

forrava então as paredes
fazia um muro no entorno
preparava um cavalete
corda balde manivela
e matava nossa sede

(crianças
fiquem
longe
do
poço)

viver é um ministério

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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