quarta-feira, 28 de novembro de 2012

(publicado em cadela prateada - ed. penalux) - moldagem

líria porto

tão cedo eu me acordo com aurora no quarto
eu cerro meus olhos preciso dormir
lá longe se escuta o canto de um pássaro
adeus meu sossego tem verso na agulha

tal como a bigorna que bate que surra
que insiste em dar forma às barras de ferro
assim faz a mente com meu sentimento
até que ele tenha compasso de música

vem dia vem noite vem sol e vem chuva
a lua se esconde por trás de uma nuvem
porém meu poeta lhe sai à procura

vasculha os escuros o espaço o infinito
arreda as estrelas recolhe a neblina
faz tudo o que pode – sua lua o sepulta

*



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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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