segunda-feira, 29 de junho de 2009

respingos

líria porto

e quando a chuva caía
eu ia com a enxurrada
beirava rente a calçada
descia junto da flor
e ria a risada d'água
aquela alegria d'água
brincava que era a flor

mas depois sentia frio
lembrava-me então do rio
da flor que o rio levou
e os meus olhos choviam
:
eu era como a enxurrada
fui ficando poça d'água
que o tempo chorou
chorou

*

4 comentários:

Unknown disse...

Olá poeta, tudo bem? Estou reunindo um grupo para uma antologia. Gostaria de participar esse seu poema ou outro trabalho de mesmo nível?
Por favor, entre em contato! Qualquer dúvida, entre na LITERATURA CLANDESTINA.
Abraço
Elenilson
elenilsonascimento@ig.com.br
http://www.literaturaclandestina.blogspot.com/

Unknown disse...

Lindo, Líria!

Rir a risada da água, olhos que chovem....metáforas concisas em seus pontos.

Versos de uma beleza cândida!

Beijos

Mirse

BAR DO BARDO disse...

se transformou num mar feminino de MG...

luiz alfredo motta fontana disse...

É vc então a chuva criadeira que tom cantava?

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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