domingo, 9 de janeiro de 2011

armadilha

líria porto

andava eu sossegado
alguém me soprou à nuca
prossegue vai nessa estrada
acreditei na arapuca

não quero mais ser poeta
rimar assim quem aguenta
procurar palavra (in)certa
como remar na tormenta

ora era muito ora pouco
deveras fui insensato
levei uns pitos uns socos
tomei juízo e os acato

o que está feito está feito
o tempo não retroage
a vida passa num flash
melhor agir doutro jeito

(ao menos até amanhã)

*

3 comentários:

Unknown disse...

o canto do grilo
nada é capaz
de ferí-lo

mario pirata

Unknown disse...

Não creio!

Minha Líria não é de cair assim!

Beijos!

Mirze

Eder disse...

Que bom que sempre há o amanhã...

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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