quinta-feira, 9 de julho de 2015

morri muitas vezes

líria porto

havia uma índia
nuinha na selva
tal qual veio ao mundo
quiseram que a vestisse
tapasse-lhe as partes
(não o fiz)

depois nu'a mama
falava de câncer
e noutra um anjo
barroco criança
havia entre as pernas
um sininho

por fim o modelo
assim sem camisa
achava-o tão belo
sequer tinha sexo
chamava-o andrógino
acusaram-me
:
a morte sumária
quedei sem defesa

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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