quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

o hóspede

líria porto

chegue a qualquer hora
chore mágoas
ninharias
enxurre-me com falas tolas
tome chá em minha xícara
enxugue-se em minha toalha
deixo até que ele cochile
em minha cama
entre as colchas
porém sem passar da margem
sem se achar o meu dono
sem beijar a minha boca
sem me chamar
de amor

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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