segunda-feira, 10 de maio de 2010

(publicado no livro garimpo - editora lê) - traumas

líria porto

quantos fatos
decorrentes
das correntes
da memória
são imbróglios
são algemas
que nos prendem
a nós próprios
que nos tornam
tão imóveis
e inativos
quanto as rochas

*

4 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Liberdade, viver o agora, o presente, sem nos permitirmos atar-nos ao que poderia ter sido e não foi ou ao que desejaríamos venha a ser... pensamentos livres são os do agora... ;)

Unknown disse...

É verdade, Líria!

Mas inconsciente, talvez amarrada nas correntes, viramos rochas.

Esforço-me sempre para ser apenas VIVA!

E acham que sou exigente!

Sábia, você, Líria!

Beijos

Mirze

Adriana Riess Karnal disse...

entre minerais e animais há mais que palavras em comum...

BAR DO BARDO disse...

Muito, muito bom, amiga!

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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