sexta-feira, 7 de maio de 2010

(publicado no livro olho nu - ed. patuá) de transformar o sofrimento

líria porto

no inverno era pior
doíam-lhe os dedos os joelhos
as costas os braços as pernas
os pés
e quando lhe perguntávamos
como te sentes mãe
respondia-nos
:
no maior romantismo

*

8 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Poesia ancestral.Definitivamente, Líria, ai deve estar o DNA de grandes mulheres.
(deves ter em tua memória, caixas de poemas com o nome - mãe)

O que desejar em datas assim?
Talvez o alvoroço dos filhos
barulhando o silêncio e a quietude da casa.

Que o dia te seja especial.
besos

Unknown disse...

Mãe Ravilha!

Tal mãe, tal filha!

Lindo!

Beijos

Mirze

Úrsula Avner disse...

Oi Líria, o poema retrata muito bem o duro/especial ofício de ser mãe... Lembrei da minha e senti saudades... Bj.

Zélia Guardiano disse...

Simplesmente lindo, e com sua mara registrada: parcimônia nas palavras e prodigalidade no talento...

Abraço

ragi moana disse...

maravilhoso!!!!!

josé carolina disse...

Líria, você pagou passagem e trouxe aqui minha mãe.
Nem digo mais.

Adriana Riess Karnal disse...

Líria,
é o q digo: fazer poesia de mãe é sempre meio cafona...mas as suas não.adorei!

BAR DO BARDO disse...

Escutei lá no Bardo...

Romantismo...

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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