domingo, 9 de maio de 2010

(publicado no livro olho nu - ed. patuá) herança

líria porto

meus velhos chinelos
macios como as mãos de minha mãe
tinham sumido

ontem achei os meus chinelos

no corpo tanto conforto passos seguros
na alma
            a certeza dos chinelos velhos

*

8 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Liria...

Sei de que falas...

Um abraço

Anônimo disse...

tempo ladino...

gastou a sola dos chinelos e
lapidou a alma da poeta.

bjos de chinelo novo e a alma germinal.

Em@ disse...

Já tinha saudades de passar por aqui.regressei da minha viagem e já posso retormar o meu ritmo.
...
meti-me
na pele do poema
e percebi
a cor da água.

Em@

beijo, Líria

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Chinelar o corpo, engrandece a alma... :)

MariaIvone disse...

Que bons são os reencontros com objectos perdidos, queridos.
A singularidade está na forma como se descrevem. Linda!!!

Unknown disse...

Doce e fantástica Líria!

Passei só para te desejar um dia MARAVILHOSO!

Você posso insinuar ser a mãe dos poetas, pela poesia bela e que a todos complementa!

Feliz dia das MãES!

BEIJOS

Mirze

Júlio Castellain disse...

...
Gostei muito, Líria.
Meu abraço.
...

Em@ disse...

Líria:
posso reblogar o teu poema (com os devidos crédito, é claro.)?

soube que hoje é aí o Dia da Mãe, por isso, um feliz dia para ti.

beijinho com carinho

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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