sexta-feira, 21 de maio de 2010

(publicado no livro olho nu - ed. patuá) dissimulação

líria porto

no tanto da boca
espanto

no quanto do olho
pranto

no canto de tudo
marulho

e no intanto
rio

*

7 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

E de'vagar, um des'tino que pouco importa diferente daquele que se planejou...
Quanta e mesmo assim, não há espanto ou pranto bastante prá calar essa poesia.
Belos versos, Líria

nina rizzi disse...

o meu rio quer desaguar em seu tanto, tamanho, montanha
aaa-mar.

e minhas paredes, tantos escritos, foram caiadas. mas o corpo não.

te amo, mamadí. eu acho que vou dar um jeito de ir te ver, nem que for no julho.

beijoaninhas :)

Adriana Riess Karnal disse...

entre o rio e o mar, amar é sério.

josé carolina disse...

Marulho é este seu poema, Líria! Dentro da cabeça, da boca, dos cantos. E rio é assim, essa coisa que me fascina mesmo, que até me intenta!

Um beijo!

Juan Moravagine Carneiro disse...

Belo poema...

Agradecido pela visita ao Rembrandt

Retornarei com frequência

abraço

Unknown disse...

Saudades, Líria!

Aqui está perfeitamente descrito a verdadeira dissimulação!

Parabéns, Poeta!

Beijos

Mirze

BAR DO BARDO disse...

gosto
gosto
gosto

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

Arquivo do blog