quarta-feira, 19 de maio de 2010

ladainha

líria porto

faço verso rastejante
igual cobra no papel

faço verso flutuante
passarinho lá no céu

faço verso comprimido
fechado dentro do frasco

faço verso assim ridículo
acostumado ao fiasco

faço verso bem florido
nascido em pleno setembro

faço verso esquecido
o jeito dele nem lembro

faço verso galopante
como visita de amante

faço verso des'tamanho
coração de minha mãe

faço verso
faço verso

faço ver

*

3 comentários:

Anônimo disse...

amém nós todos!
besos

BAR DO BARDO disse...

manda ver, sô!

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Líria das rezas acesas,
Fazes poemas-pássaros: raros de se pousar no branco do papel, no frio da tela...

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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