segunda-feira, 29 de março de 2010

atrelados

líria porto

fui ao porto ao cais
de bar em bar
perguntei ao mar à areia
a todas as ondas
precisava reencontrar-te
destrocar as nossas sombras
ao partires a minha te seguiu
e teu vulto insistente
ainda me ronda

(não consigo des_lindar-me
das lembranças)

*

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Quanta ternura nessa busca... Um porto, uma ronda, um desenredo que me chegou como uma trilha:
"A vida é o fio do tempo, a morte o fim do novelo..." Atrelados, o hoje ainda se ocupa com as buscas de quando o ontem foi feliz.
abraços, Líria

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

nos lindes da lembrança... belíssimo!

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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