quarta-feira, 10 de junho de 2009

árvore do cerrado

líria porto

araguari –– ventania –– nasci já faz tempo
o vento ainda e hoje me segue
conversa comigo espalha meus medos
alerta os perigos espanta meus versos

lá tudo é tão plano a gente se aterra
e quando mudamos o vento se apega
agarra-se à alma impregna-se à pele
até de repente levar-nos à febre

então retornamos
e ali nos enterram

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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