líria porto
a boca escancarada da noite
os urros do silêncio
as teclas mudas
não tilintam os cristais
não estilhaçam a vidraça
amantes não sussurram
não há sinos de igreja
o mundo acabou
o relógio dorme
o tempo não passa
onde estão os latidos
os galos os gritos
os olhos do sol?
na cama
o corpo exausto
o vazio da tua ausência
e os mil anos dessa noite
que nos engole
que nos vomita
*
domingo, 14 de junho de 2009
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2 comentários:
Queria ter escrito estes versos:
o mundo acabou
o relógio dorme
o tempo não passa
Mas o tempo pra mim voa, sem caridade ou misericórdia, e me arrasta na suas ondas.
Não há um fio pra me segurar e parar o relógio.
Bom se conseguisse ser assim, dona do tempo e manobrista das horas.
No mais, saudades de você, da sua presença e seus belos versos.
Bitokitas, luz e paz na jornada.
que poema lindo, "os mil anos desta noite"... uau!
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