terça-feira, 16 de junho de 2009

torquês

líria porto

maldito cujo
maldigo o sujo
aquele traste
desfaçatez

tomara caia
tomara encalhe
tomara encolha
o tal freguês

atrás da porta
existe um sapo
a boca torta
fel palidez

ninguém mais fode
a minha pátria
nenhum diabo
nenhum burguês

sou azinhavre
peste sarnenta
solto os cachorros
com avidez

*

2 comentários:

Úrsula Avner disse...

Oi Líria, poema que expressa sua habilidade na escrita poética com o veio indispensável da emoção. Muito bom !

Unknown disse...

Oi líria!

O estrato gráfico me chamou a atenção. Minha mãe sempre se referia aos óculos como pince-nez. O que fez minha filha acertar numa prova de francês.

Quanto ao poema, juro que te amo, OK?

Brincadeira, quem dera todos fossem sinceros assim.

Beijos

Mirse

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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