quarta-feira, 18 de agosto de 2010

pressão

líria porto

cai do teto do meu quarto
um poema intermitente
à noite pingam umas letras
nas chagas que tenho

o que eu buscava – silêncio
não pude ter eu não pude
cantaram galos canários
a cachoeira o açude

são muitos os pensamentos
essa mistura de assuntos
eis que chega a prima_vera
cheiro de flor me confunde

não sei se escrevo
se fujo

*

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Não dá prá inverter o dia com a noite, né? Conheço bem esse trânsito noturno de idéias. O pensamento não dorme e eu desisto de brigar com a insônia. Então guardo um bloquinho na mesinha de cabeceira, onde escrevo versos.

adorei isto.
besos

Unknown disse...

Lindo, Líria!

Sempre que você pensar em buscar o silêncio, cairão "coisas" do teto e todos os pássaros cantarão e as flores dançarão;

Não adianta, poeta!

A poesia está para Líria, assim como o "in_versus"

Beijos

Mirze

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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