sexta-feira, 6 de agosto de 2010

abate

líria porto

não sei não sabes não sabemos
em que dia mês ano manhã tarde ou noite
a morte com sua foice fará a nossa colheita

enquanto seu lobo não vem
chapeuzinho na floresta
passeia dança floreia
que a vida
é (f)esta

*

6 comentários:

Hercília Fernandes disse...

Adorei, Líria.
Seus poemas sempre dizem/comunicam muito.
Gosto imenso de lê-la!

Besos, amada.
H.F.

Unknown disse...

todas as vezes que me deparo com a imagem da morte e sua foice me vem a mente o verbo ceifar, como disse o Bandeira nos resta dançar a valsa vienense,

beijo

Gerana disse...

Estou sua fã;excelente!

Vou colocar o "tanto mar" nos meus favoritos para que conste regularmente das minhas visitas. Não quero perder a leitura de seus poemas.

Marcantonio disse...

Não há com tirar das mãos dela a foice, com ela abrir a barriga do lobo e tirar lá de dentro um cronos infinito, não é? Viver enquanto o abate não vem.

Abraço.

Unknown disse...

Deixo 'VIVAS" para quem festeja a vida!

Nem sempre digna de festa, mas é vida!

Beijos

Mirze

Sueli Maia (Mai) disse...

E porque não há como saber, vivamos.

Tenho estado assim, "enquanto seu lobo não vem..."

besos

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

Arquivo do blog