domingo, 31 de janeiro de 2010

(publicado em cadela prateada - ed. penalux) - ego

líria porto

eu de mim não me queria
minhas grandes inconstâncias
minhas tantas insolências
meu saltitar cansativo
e de mim quase abortei

então de mim fui ficando
fui gostando dessa mim
acomodando-me as beiras
e se eiras eu não tinha
agora tenho

eu de mim já muito quero
pus-me à frente em minha fila
mas porém sem holofote
dessa luz eu não preciso
tenho eu clarão de mim

*

5 comentários:

Espaço do João disse...

Querida amiga.
Antes de mais, grato pela passagem por meu espaço. Já agora gostaria de saber como foi descoberto? Ao acaso ou por suposta pessoa? È só uma questão de curiosidade, pois amanhã farei nova visita a este espaço que à primeira impressão promete ficar nos meus favoritos. Um beijo e um abraço com votos de VOLTA SEMPRE.

Anônimo disse...

Nem tenho palavras, Líria, texto sensacional!

Beijo!

Vanessa Vieira disse...

Olá!! Pasando para lhe dar os parabéns! Adorei seus pensamentos.

Unknown disse...

Belíssimo!

Requinte poético como poucos vi.

Parabéns!

Beijos

Mirse

lisieux disse...

e ainda dizem que mim não faz nada... Ai se "mim" fosse assim... rs
sensacional, liroca!
bjokas

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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