sábado, 23 de janeiro de 2010

estéril

líria porto

a minha fonte secou
só te peço um copo d'água
não há um pingo de orvalho
vida poeira essa vida

não há flores no jardim
murcharam-se-me as palavras
o riso se evaporou
ficou tão crespa minh'alma

plantara tanta ilusão
meus sonhos se desfolharam
já chorei todas as lágrimas
meus olhos ardem –– coitados

reclamo um pouco de tudo
e só me resta a mortalha
embrulhada num cantinho
da prateleira do nada

*

Um comentário:

Unknown disse...

Mortalha, Líria!

Logo agora que estás chegando ao topo da montanha e a cada dia rejuveneces e a nós seus leitores.

Mas eu também ando assim.rsrsrs;;;

Beijos

Mirse

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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