quarta-feira, 9 de junho de 2010

(publicado no livro olho nu - ed. patuá) clausura

líria porto

estar entre muros
ser própria a sepultura
a prematura morte
o silêncio
              o adeus

*

7 comentários:

Unknown disse...

o silêncio de Deus deve pesar

beijo

nina rizzi disse...

o silencio de deus me pesa. e seus poemas me deixam mais leve, mesmo estes.

te amo.

ragi moana disse...

o silêncio de Deus é rotina.

cê que num grita com ele não pra vc ver...rs

beijos

Renata de Aragão Lopes disse...

"ser a própria sepultura"

Magnífico!

Beijo,
doce de lira

Anônimo disse...

uau, poetisa!

Unknown disse...

Lindo. Líria!

Não gosto muito de freiras, mas sei o que é clausura.

Muito bem definido como morte-prematura. Eu acrescentaria, como a morte "in-natura"

Beijos

Mirze

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Líria do olhar dentro e fora,
Nem toda freira é feia, tem umas que escondem grandes belezas. E o poema é lindo, não esconde nada.
Aliás lembou-me o começo dum poeminha meu dos tempos pré-musa-esposa (quando ela liberar: publico o livro "A Gregas e Romanas - paixões que nunca tiveram fim" - ou lanço um miniblogue):

"Quando vi Verônica pela primeira vez,
Achei que ela fosse muito magra.
Depois descobri que ser assim tão magra
Era um charme a mais em Verônica,
Capaz de esconder mais charmes que uma freira rebelde
Embalde a madre-superiora."

(P. Pedro Perpétuo)

*

Abraço com pseudônimo e tudo,
Darrama.

ps: como foi a noite com o Gullar?

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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