domingo, 28 de fevereiro de 2010

beata

líria porto

acho que nem te lembras
para anelar os cabelos
a moça daqueles tempos
tinha lá os seus fricotes
amarrava papelotes
enrolados com o dedo

depois soltava as madeixas
e bonita como são joão
ia rezar na igreja

(fazia sucesso com os santos)

*

7 comentários:

BAR DO BARDO disse...

antigo?
mas sempre a parecer saidinho por ora do forno a lenha...

Carito disse...

Genial e atemporal!

Primeira Pessoa disse...

mais uma crônica de costumes...
e poesia.

beijão, lírica.

r.

Paulo Jorge Dumaresq disse...

Poema antigo e moderninho, porque casar na Igreja paquerando o santo ainda está em moda. Besos.

Vais disse...

Saudações Líria Porto,
ô moça, lembrei foi do interior, fazia bem os papelotes, de jornal, para deixar mais cacheados, que coisa
Gostei Líria
trouxe lembranças
lembro, também, quando criança, numa procissão, colocaram só crianças para fazer os personagens bíblicos, fiz o São João, ehehe
que coisa
beijo prati

ítalo puccini disse...

parabéns pela publicação na germina, líria.

eu publiquei resenha em jornal daqui da região. tá lá no blog.

beijo!

Sueli Maia (Mai) disse...

Nada mudou nos caprichos femininos, talvez a ingenuidade ainda use papelotes no cabelo. Em qualquer tempo este será um poema faceiro.
abraços, boa semana!

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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