sábado, 6 de fevereiro de 2010

(publicado no livro garimpo - editora lê) - indiferença

líria porto

eu contei ao vento
o quanto sofria
ele prosseguiu
não voltou atrás
não soprou ameno
 nem olhou ao menos
a minha ferida

o erro foi meu
escolhi o vento
para meu amigo
ele corre sempre
ele passa rápido
nunca fala nada
nem sabe que existo

*

Um comentário:

nina rizzi disse...

as minhas tristezas
entrego-as ao vento
a minha tempestade, vira ventania
longe, longe de mim.

bêjobêjofrô.

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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