sexta-feira, 1 de maio de 2015

o trabalhador

líria porto

dia após dia
a mesma rotina
acordar bem cedo
comer qualquer coisa
pegar a marmita
e a pé
de bicicleta
ônibus ou metrô
chegar ao destino

marcar ponto
começar a lida
:
quatro horas no batente
uma para o almoço
outras quatro horas
(o chefe irritado)
intermináveis horas
ao final
do expediente

tocam a sirene
já é quase noite
trânsito cansaço
voltar para casa
tomar um bom banho
requentar a janta
beber a branquinha
jogar-se na cama
(nenhum sonho)

despertar de novo
enfrentar o trampo
e no fim do mês
o salário mísero

*

Nenhum comentário:

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

Arquivo do blog