segunda-feira, 15 de abril de 2013

mamaluca

líria porto

aquela avó índia caçada no laço
no bucho um moleque de olhos azuis
igual o maldito que a deflorou
exilou-se da tribo
da terra
da vida
parou de sorrir
mas cuidou bem da cria
pra que nós – sangue roxo
existíssemos

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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