líria porto
constrange-me falar de mim
avaliar-me não vale
outros é que o farão
autoanálise é um perigo
somos sempre complacentes
vemo-nos tão diferentes
do que nos vê um amigo
ele sim já nos conhece
e às vezes haja prece
pela nossa salvação
não sou boa não sou má
insegura muitas vezes
um ser pra lá de mutante
porém leal sei que sou
por um amigo eu vou
ao inferno e aos abismos
mesmo que ao fim de tudo
diga a ele um palavrão
porque amigo
é amigo
sou delicada e não sou
sou debochada e não sou
sou complicada e não sou
sou pra frente e sou careta
às vezes brava outras não
há quem me goste não goste
mas se não julgo ninguém
ninguém será meu juiz
para o público uma senhora
aos íntimos não predetermino
e também vai depender
de quem estiver comigo
:
achas-me doida gosto disso
sou doida muito assumida
sou doidinha pela vida
*
sábado, 3 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
tanto mar
- affonso romano de santanna
- alice ruiz
- balaio porreta - moacy cirne
- cosmunicando
- doce de lira
- escritoras suicídas
- flávio corrêa de mello
- germina literatura
- josé saramago
- jura em cy bemol
- metamorfraseando
- namibiano - angola
- nina rizzi
- notas capitais
- olivrão - aroeira
- per tempus / mara faturi
- putas resolutas
- ragi moana
- rômulo romério
- saciedade dos poetas vivos - líria porto
- sede em frente ao mar
- toca da serpente - líria porto
dedicatória
nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio
(líria porto)
*
fiamos o plenilúnio
(líria porto)
*
quem tem pena de passarinho
é passarinho
(líria porto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário