líria porto
um verso azul
de rimas celestes
daquelas afundadas
quando o mar se encrespa
um verso vermelho
ponta de punhal
caldo borbulhante
notícia de jornal
um verso verde
jogado no deserto
a morrer de sede
entre galhos secos
um verso amarelo
pena de canário
largado na gaiola
por um gato incauto
um verso branco
caído duma asa
em tempo distante
tempo de criança
um verso preto
sem procedência
versão do preconceito
da intolerância
*
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
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dedicatória
nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio
(líria porto)
*
fiamos o plenilúnio
(líria porto)
*
quem tem pena de passarinho
é passarinho
(líria porto)
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