quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

rapina

líria porto

abre as asas sobre o toco
fica a esperar a morte
(não a sua – a de outro)
para sustentar-lhe
o voo

(urubu pairava em círculos
lá no céu um aeroplano
a vigiar as carcaças
a limpar toda a carniça
com seu bico instruído
para descarnar
cadáver)

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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