líria porto
oiá oiá
hoje é sete terça-feira
toma conta desse vento desse raio
e protege meu cafofo
tenho horror a tempestade
as paredes nada valem
vivo cercada de morro
e não sei pra onde corro
oiá oiá
agradeço o obséquio
trago a minha oferenda
um colar branco e vermelho
um saquinho de pipocas
e prometo minha mãe
a galinha carijó
chegará assim que eu possa
que eu tenha novo emprego
oiá oiá
*
terça-feira, 30 de novembro de 2010
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2 comentários:
é antigo, vc conhece, mas elleniza, ó:
pluma no ar
espada em ventania
cálice inquebrável da tempestade.
eparrei-ô, oiá!
brisa que é chama
porto que é vento.
sopro que faz beleza-sol
forja com teu suspiro
um ar-co(ragem) pr'eu morar
flecha que acerte meu ri(s)o
e toma, doma essa angú-tristeza
o pranto da peleja
que se trava em meu reino inte-ferior.
inhame branco
camarão vermelho
banhados em dendê
(pra mamãe)
colar de contas
pra cantar o seu congar
pra contar os seus prestígios.
roda sua saia
que gira giras-sol
sopra que seca (m)águas
olha que encanta
(h)aja que apaixonam.
ê-ê-ê-par-rei-ô, oiá!
mamãe escultora que dá vida à madeira
: uma filha de seus olhos-constelações de gêmeos.
que goza no vento
que é seu ventre
eparrei, ô, oiá!
vem com teu vento
pra me acalmar
eparrei, oiá!
epifania dos ventos e tempestades
senhora do rio oiá
búfalo invejável
que doma nossas dores
não minto,
não minto,
iabá do meu cantoar
: meu oriki é pra oiá!
*
publicado originalmente na edição 29 de escritoras suicidas.
besos, mamadí :)
ah, sim, o título é 'um oriki pra oya'.. rs
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