sexta-feira, 30 de julho de 2010

pânico

líria porto

um tsunami no peito
um terremoto nas pernas

o sangue vira sorvete e os nervos
fios elétricos

*

5 comentários:

Poesia Inclusiva disse...

muito bom!
cheio de imagens e sensações
;)

Daniel Hiver disse...

Líria...
Somos feitos sim de parafusos que faltam, ou que estão apertados mais, ou que perdemos na trepidação da vida.
Mas que bom que há tsunamis em nosso peito de tempos em tempos; e terremotos nas pernas... Quantas vezes meu sangue congelou como sorvete de passas ao rum e meus fios elétricos se encostaram num curto circuito de doer na boca do estômago. Mas é sempre assim para quem se aprofunda; ultrapassa superfícies lisas e vai ao âmago.

Unknown disse...

Belo, Líria!

Um tsunami no peito! Meu Deus, me livra!

Beijos

Mirze

Sueli Maia (Mai) disse...

Exato!
Um antídoto? P O E S I A.


besos

Batom e poesias disse...

Isso eu sei de cor.
Ruim de sentir.

Bom te ler.
bj

Rossana

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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