segunda-feira, 5 de julho de 2010

infarto

líria porto

pendurada por um fio
tecia qual uma aranha
a sua própria armadilha

andava sobre o arame
naquela poça de sangue
naquele mal de família

no coração uma lâmina
a dor profunda tacanha
um punhal

o desenlace

*

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, arrasou!

Beijos.

d'Angelo Rodrigues disse...

Líria, sua teia de palavras é de uma beleza irresistível.

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Em tarde ser... Amanhã sendo... Que te teço tarde o viço... :D

Zélia Guardiano disse...

Líria
Faço minhas as palavras de d'Angelo...
Grande abraço!

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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