sexta-feira, 27 de novembro de 2009

bem mal

líria porto

escreve
atreve-se a fazer versos
vira do avesso o aperreio
apara as arestas
tapa as frestas por onde entram
as tristezas
:
coração ao cesto

*

4 comentários:

Ricardo Mainieri disse...

Líria:

Larguei um pouco aquele bordel literário de mão. Vim te fazer uma visita, atrasada, é claro.
Vejo, por aqui também, a concisão, a musicalidade, o apuro técnico.
Curiosamente estava lendo o desabafo de um poeta verborrágico, sonetista e inimigo dos concretos e pós-cabralinos: Alexei Bueno
Fui ver os argumentos do cara e ele não me convenceu.
Fico com esta poesia rápida, direta e que fala da vida.

Beijão.

Ricardo Mainieri

Anônimo disse...

O vento, a lua, a vida, e os versos
vagueiam como passos de danças entre as tuas palavras num misto de En-canto, antes abstracto, que ao se passear os olhos, tornam-se palpáveis e visíveis ao tato da pele, do coração, da alma.

Lívia, aflição de não poder retribuir teu há-braço de pronto!!deixo-te meu afecto registrado, minha admiração eterna, por ti, que escreve como quem semeia grãos em campos de sonhos.

Bom saber-te lacre inviolável de belos escritos, Poeta!!

beijos!!

Liah Maronni
Portugal-PT

ítalo puccini disse...

escrever é
tudo isso
e mais um
pouco.

Sylvia Araujo disse...

Por aqui eu paro e te linko, já que não dá pra seguir também.

Virei fã.

Incrível teu tom.

Beijomeupravocê

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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