quarta-feira, 22 de julho de 2009

capitalismo

líria porto

estragada é a carne da miséria
recheada de tão duro sofrimento
as vísceras dos que dela se alimentam
apodreçam e padeçam a dor e a fúria

nas córneas desses olhos de abutres
instalem-se as pústulas e as feridas
que o céu os martirize com as trevas
co'a sentença da derrota e do infortúnio

que os ovos dessas aves de rapina
adoeçam e jamais se proliferem
dos seus crimes odiosos assassinos
as pocilgas mais imundas se encarreguem

*

Nenhum comentário:

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

Arquivo do blog