estive por aí pelas veredas
busquei respostas como quem tem fome
não sabia eu quem inventara o homem
quem legara à flor pétalas de seda
ficava a pensar no início do mundo
quem pintara tantas tantas estrelas
vivia tão longe que ao percebê-las
minh'alma era seca o corpo infecundo
diz-me –– bem-te-vi –– teu canto sonoro
ele me fascina então eu te imploro
conta passarinho quem te deu a voz
ele cantarola olha para o céu
reza com fervor (eu tiro o chapéu)
e roga ao criador por todos nós
*
6 comentários:
Belíssimo, Líria!
Um soneto-sonata de fazer chorar, e rir, tudo ao mesmo tempo.
LINDO DEMAIS!
Beijos
Mirze
lindo, comadre, parece uma oração de tão belo
Apesar de discordar, não posso deixar de concordar que é um belo poema.
A toa nada...
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